quinta-feira, 7 de abril de 2011
Mais um pouco da história de Rondônia e do Brasil...
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (A ferrovia do Diabo)
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual estado de Rondônia.
Ficou conhecida na época como a "Ferrovia do Diabo" devido às milhares de mortes de trabalhadores ocorridas durante a sua construção. Diz a lenda, que cada dormente da ferrovia representa um operário morto na obra.
A primeira tentativa de construção de uma ferrovia na região foi datada em 1872, sem sucesso devido às grandes dificuldades da execução da obra civil, como várias mortes (6 mil operários mortos) por doenças tropicais, como a malária, febre amarela, febre tifóide, beribéri e tuberculose; além de naufrágios no rio madeira, ataques de índios, acidentes com animais peçonhentos, onças, etc...
Com a assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), entre Brasil e Bolívia, que conferiu ao Brasil a posse do Estado do Acre, o Brasil se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré Railway. O seu objetivo principal era vencer o trecho encachoeirado do rio Madeira para facilitar o escoamento da produção de borracha boliviana até o rio Amazonas e assim, alcançar o oceano atlântico.
Em agosto de 1907 a ferrovia em construção foi encampada pelo magnata americano Percival Farquhar.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas linhas de trem a vapor no Brasil e a única na Amazônia.
O último trecho da ferrovia foi finalmente inaugurado em 30 de abril de 1912, ocasião em que se registrou a chegada da primeira composição à cidade de Guajará-Mirim, fundada nessa mesma data.
Em 1966, depois de 54 anos de atividades, praticamente acumulando prejuízos durante todo esse tempo, o Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco, em 25 de maio de 1966, determina a erradicação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que seria substituída por uma rodovia, atual rodovia BR-364 que liga Porto Velho à Guajará-Mirim. Em 1972 a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi desativada até que em 10 de julho de 1972, as máquinas apitaram pela última vez e, a partir daí, o abandono foi total até, que em 1979, o acervo começou a ser vendido como sucata para uma siderúrgica de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Voltou a operar em 1981 num trecho de apenas 7 quilômetros dos 366 km do percurso original, apenas para fins turísticos.
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