A árvore da Copaíba...
Árvore da família das leguminosas, a copaíba é típica da floresta amazônica e ocorre na América do Sul, principalmente no Brasil, Colômbia e Venezuela. Esta linda e imponente árvore pode atingir 40 metros de altura sendo mais comum aparecerem próximas as margens de rios e igarapés. Alguns estudiosos alegam que os índios, ao notarem que animais silvestres se esfregavam com frequência no tronco da copaíba que por algum motivo expelia sua seiva pelo caule, descobriram que este óleo poderia curar ferimentos e passaram a untar o seu corpo com o referido óleo quando voltavam feridos de lutas e/ou caçadas.
Ao longo do tempo, descobriu-se que o óleo da copaíba é um poderoso cicatrizante e antiinflamatório. A Copaíba também tem propriedades diuréticas, expectorantes, desinfetantes, e estimulantes, e vem sendo utilizado nos tratamentos de bronquite, dor de garganta, vermífugo, dermatose e psoríase, e ainda, como combustível para clarear a escuridão da noite, substituindo a função do tradicional óleo diesel nas lamparinas.
Na indústria, esse óleo pode ser usado para fabricação de vernizes, perfumes, farmacêuticos e até para revelar fotografias.
Na indústria, esse óleo pode ser usado para fabricação de vernizes, perfumes, farmacêuticos e até para revelar fotografias.
No tocante ao poder cicatrizante, eu próprio tenho uma experiência com o óleo de copaíba: Há uns 20 anos, numa partida de futebol, feri a perna com um corte profundo. Seguindo orientação de um ribeirinho e seringueiro aposentado, utilizei o óleo para tratar o ferimento. Com dosagem em excesso, o ferimento fechou muito rápido lacrando a pele sem cicatrizar por dentro. Ao abrir novamente o ferimento, o próprio médico receitou o mesmo óleo, desta vez em menor dosagem. Foi incrível como cicatrizou o ferimento.
Mas atualmente, como a notícia da eficácia do óleo de copaíba se espalhou, pessoas de toda parte do Brasil e de outros países, passaram a explorar o óleo sem critérios.
A biopirataria, associada ao desmatamento na Amazônia, está levando esta árvore aos rumos da extinção.
Uma forma de salvar a árvore de seiva “milagrosa” seria o plantio de mudas da mesma em áreas ociosas e na recomposição de matas ciliares em pontos críticos. Experiência já me mostrou que trata-se de uma árvore de fácil propagação e de crescimento rápido, comparada com outras essências nativas da Amazônia.
Por José Ribeiro (Zé ambientalista), Cabixi-RO , 13/06/2011
Por José Ribeiro (Zé ambientalista), Cabixi-RO , 13/06/2011
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