Responsável pelo projeto, Associação de Defesa Etno ambiental Kanindé atua também no Amazonas e no Pará
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 8,2 milhões do Fundo Amazônia para a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé implementar os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) das Terras Indígenas (TIs) Igarapé Lourdes e Zoró Situadas no Corredor Etnoambiental Tupi-Mondé, entre Rondônia e Mato Grosso, as Tis correspondem a uma área de 541 mil hectares, na qual vivem 1,5 mil indígenas de três etnias. As duas Tis sofrem constantes ameaças de invasores interessados em retirar madeira ou realizar atividades de pesca nos rios daquela área, e esta é uma das ameaças que serão enfrentadas com a concretização do plano.
Além da instalação de um sistema de vigilância territorial, serão realizadas ações para fortalecer cadeias de produção sustentável, que produzirão farinha de mandioca, banana e peixes, e a construção de um Centro de Referência Indígena, onde funcionará um “Museu da Memória” e uma “Maloca Digital”. Esse Centro tem a finalidade de proporcionar uma infraestrutura de uso coletivo para fortalecimento da cultura indígena das comunidades.
Na TI Zoró, pretende-se recuperar 10 hectares de área degradada a partir da instalação de quintais agroflorestais, reformar o Centro de Promoção Cultural e Proteção Territorial da TI e desenvolver uma marca para os produtos Zoró.
Ainda como parte do projeto aprovado pelo Banco, está a elaboração dos PGTAs das Tis Rio Guaporé e Rio Negro Ocaia. Elas se localizam no Corredor Binacional Guaporé-Itenez-Mamoré, numa área de cerca de 220 mil hectares e abrigam 1.500 indígenas de 11 etnias.
A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é uma Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) cuja missão é buscar harmonizar o elemento humano e a natureza, preservar a integridade dos povos indígenas e sua cultura, além de contribuir para o desenvolvimento ambiental sustentável. Ela atua em Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará, numa área de 10 milhões de hectares, onde vivem cerca de 5 mil indígenas.
As atividades da Associação incluem, entre outras, a elaboração e desenvolvimento de planos de gestão de terras indígenas e de manejo de florestas, de projetos de vigilância e fiscalização de terras indígenas e de parques nacionais, laudos de impacto ambiental, apoio à produção, educação ambiental, avaliações ecológicas, desenvolvimento de projetos de carbono e de políticas públicas.
Fonte: BNDES
http://amazonia.org.br/
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