Babaçu
Aproveitamento será fortalecido
19/11/2011
A palmeira que produz o côco babaçu é uma planta nativa da região Norte do País, mas seu
aproveitamento como matéria prima, para produção de produtos industrializados, ainda se dá
de forma tímida em Rondônia. A Cooperativa Agropecuária e Extrativista dos Agricultores de
Jacilância (Coorperlândia), segundo o presidente da entidade José Felipe Tiago, foi à primeira
no Estado a divulgar o aproveitamento desse fruto. A iniciativa já existe desde 2003 e só agora
teve apoio do governo Federal para iniciar o projeto de processamento do babaçu.No começo a
idéia era produzir biocombustível a partir do óleo do babaçu, mas ao analisar o mercado a
cooperativa preferiu investir no aproveitamento total da matéria prima para a fabricação de
sabonete, detergentes, cosméticos, alimentação, entre outros. A meta da cooperativa é
abranger os municípios de Campo Grande, Buritis e Monte Negro tendo o envolvimento de 200
famílias em cada município. José espera que, com o passar de cinco ou seis anos a produção
esteja plenamente instalada na cooperativa que ainda está na fase de organização.
Entre as dificuldades do processamento do fruto, o presidente cita a captação de recurso e de
maquinários. “Para se montar uma linha de produção ainda temos que criar muitas coisas”. E
foi para discutir a criação de um plano ou política estadual da cadeia produtiva do babaçu que
o Instituto de Pesquisa em Defesa da Identidade Amazônia ��ndia Amazônica propôs durante
quinta e sexta-feira a discussão sobre o tema em um seminário.De acordo com a
coordenadora de programas e projetos do instituto, Ana Maria Avelar, foram chamados para o
seminários os atores sociais, cerca de sete representantes de empreendimentos que
trabalham com a exploração da cadeia produtiva do babaçu, cooperativa e empresas
relacionadas ao produto, organizações não governamentais de assessoria e assistência
técnica, e pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Além de instituições governamentais. “Estamos propondo que o governo estadual apóie a
implementação da cadeia produtiva do babaçu e que o governo Federal melhore sua atuação
em Rondônia, dentro da linha do governo nacional do programa de Sócio-biodiversidade”,
afirma Ana.
TECNOLOGIAS EVITAM DESPERD��CIO
O evento também foi uma oportunidade para aproximar os produtores das tecnologias
existentes para a produção do babaçu. O engenheiro químico e parceiro da Fundação
Mussambé, Gilberto Batista, esclareceu ao público que com auxilio das tecnologias a
produção aumenta em grandes proporções e evita o desperdício. A instituição é de Juazeiro do
Norte, no Estado do Ceará e apóia práticas sustentáveis.
Conforme Gilberto, que também é proprietário de uma indústria de desenvolvimento de
tecnologias para o processamento do babaçu, o desafio para o setor é que as comunidades
sejam organizadas em uma rede.
O evento encerrou na sexta-feira com a votação em plenária do documento sobre a política
estadual da cadeia produtiva do babaçu em Rondônia. O documento será encaminhado aos
governos Estadual e Federal.
http://www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/index2.php?sec=News&id=12985
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